18 de Maio: Dia da Luta Antimanicomial

por Diretoria de Comunicação — publicado 18/05/2017 14h35, última modificação 04/12/2017 15h26

Uma passeata em comemoração ao dia da Luta Antimanicomial foi realizada na manhã desta quinta-feira (18) em Divinópolis. O percurso caminhado foi da sede do Serviço de Referência em Saúde Mental - Sersam até a Câmara Municipal onde foram recebidos pelos Vereadores Adair Otaviano, Janete Aparecida, Raimundo Nonato, Renato Ferreira e Nêgo do Buriti. 

O Movimento da Luta Antimanicomial se caracteriza pela luta dos direitos das pessoas com sofrimento mental. Dentro desta luta está o combate à ideia de que se deve isolar a pessoa com sofrimento mental em nome de pretensos tratamentos, ideia baseada apenas nos preconceitos que cercam a doença mental. O Movimento da Luta antimanicomial faz lembrar que como todo cidadão estas pessoas têm o direito fundamental à liberdade, o direito a viver em sociedade, além do direto a receber cuidado e tratamento sem que para isto tenham que abrir mão de seu lugar de cidadãos.

Movimento da Luta Antimanicomial 18-05-2017

O Movimento da Luta Antimanicomial teve seu início marcado em 1987, em continuidade a ações de luta política na área da saúde pública no Brasil por parte de profissionais de saúde que contribuíram na própria constituição do SUS. Naquele ano a discussão sobre a possibilidade de uma intervenção social para o problema da saúde mental, especificamente, dos absurdos que aconteciam nos manicômios ganhou relevância, permitindo o surgimento específico deste movimento. Desde então a participação paritária de usuários de serviços e seus familiares se tornou característica deste movimento. Em 1987 estabeleceu-se o lema do movimento: "Por uma sociedade sem manicômios", e o 18 de maio foi definido como o Dia Nacional da Luta Antimanicomial, data comemorada desde então em todo o país. 

A passeata da Luta Antimanicomial caracteriza-se pelo seu caráter democrático, contando com a participação ativa e efetiva dos usuários de serviços de saúde mental, seus familiares, profissionais, estudantes e quaisquer interessados em defender uma postura de respeito aos diferentes modos de ser e a transformação da relação cultural da sociedade com as pessoas que sofrem por transtornos mentais.

Texto: Liziane Ricardo                            Foto: Artur Charles

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