Câmara reverencia os veteranos da FEB

por dircom — publicado 09/05/2018 15h40, última modificação 10/05/2018 12h39
Pracinhas lutaram contra a intolerância, a opressão, o totalitarismo escravista e a discriminação racial imposta pelo nazismo
Câmara reverencia os veteranos da FEB

A cobra fumou e honrou o Brasil com sua bravura e determinação

Na terceira parte dos trabalhos da sessão da última terça (8), o vereador-presidente Adair Otaviano (MDB) apresentou mensagem da Câmara, destacando a importância da Força Expedicionária Brasileira (FEB), para o fim Segunda Guerra Mundial. A lembrança celebra o Dia Municipal dos Ex-Pracinhas, dada oficializada pela Lei 3.888/95.

Eis a íntegra do memorial:


Aos eternos combatentes da Força Expedicionária Brasileira

"Nas lembranças dos 73 anos do fim da Segunda Guerra Mundial, não se pode deixar de reverenciar os corajosos soldados da Força Expedicionária Brasileira, em suas vitoriosas ações nos campos de batalha da Itália.

"O valoroso esforço dos mais de 25 mil soldados e 73 enfermeiras tornou possíveis o rompimento da Linha Gótica (defesa nazista, no norte da Itália) e a Ofensiva da Primavera, que precipitou o fim dos conflitos, em 8 de maio de 1945.

"Entre os oficiais e soldados, agrupados no Oeste para integrar o 11º Regimento de Infantaria de São João del Rey, constavam 78 pessoas, das quais 27 eram de Divinópolis (veja relação abaixo).


Campanha durou 293 dias de combates diretos

"A FEB perdeu 454 soldados em combate, um deles de Divinópolis – o segundo-sargento José da Costa Valério – e outras duas mil pessoas decorrentes de ferimentos de batalha. Houve ainda 12 mil baixas em campanha por mutilação e diversas causas incapacitantes para os confrontos.

Esses homens lutaram contra a intolerância, a opressão, o totalitarismo escravista e a discriminação racial. Por isso, têm a gratidão e um lugar de honra na memória divinopolitana”, ressaltou o vereador-presidente em sua justificação.

A vitória da Força Expedicionária Brasileira se deu em muitos planos. Para a Nação e o Estado Brasileiro, demonstrou que, em termos de brasilianidade, o latente racismo do alto oficialato do Exército na formação de oficiais, também caíra por terra. A FEB foi a única força miscigenada não oficialmente segregacionista entre as tropas aliadas combatentes na Europa. Isso engrandece a identidade brasileira.

 

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VETERANOS DE DIVINÓPOLIS NA II GUERRA MUNDIAL

Oficiais e graduados

Raimundo Nunes, Cap

Henrique Loureiro dos Santos, 2o Sgt

José da Costa Valério, 2o Sgt (+ em combate)

Raimundo de Almeida Santos, 2o Sgt

Alazir Gontijo de Araújo, Cb

Antônio Vicente da Silva, Cb

Henrique Alves de Oliveira, Cb

Horizontino Neves, Cb

João Amaral dos Santos, Cb

José Alves Cordeiro, Cb

Olvimar Rodrigues, Cb

Pedro Pereira Gontijo, Cb

Salvador Dueñas, Cb

Vicente Ferreira Valério, Cb

Walter Pereira da Silva, Cb

 

Praças

Amador Pedro Caetano, Sd

Carlos Quintilhano, Sd

Domingos Francisco Brandão, Sd

Frederico Benedito Filho, Sd

Jadir Nunes, Sd

João Batista Leite, Sd

José Diniz dos Santos, Sd

José Ferreira Lopes Filho, Sd

José Teodoro, Sd

Reny Rabelo, Sd

Ruben Mariano Pacheco, Sd

Sebastião S. de Souza, Sd



Pesquisa e texto: Flávio Flora/ Gabinete da Presidência